Meu pai trabalha comigo sempre que está com tempo disponível.
Além de ser um funcionário exemplar, ele também observa com meus olhos, o que para mim é garantia de serviço mais bem feito do que o normal.
Aqui a ralação é pesada! Todo mundo chega às sete da manhã e vai até anoitecer. Inclusive eu e meu pai.
No último domingo ele passou mal.
Ele ficou sentando quietinho, às três da tarde. Com a mão apoiada na cabeça, o prato do almoço em frente e uma com uma cara péssima. Tonto, suando frio.
Passou rápido. O mal-estar era fome e com tanta correria, quem é que lembra que precisa se alimentar?
Mas deu um medo, sabe.
Apesar de sua aparência de garotão, meu pai já está com os seus cinqüenta e poucos anos... Contando piada, trabalhando pesado e caminhando muito quilômetros a pé, igual a um menino de vinte. Mas, não vai ser assim para sempre. Ele está envelhecendo e com isso vai vir um monte de dores, cansaço, tonteira, mal-estar.
E eu nunca tinha parado para pensar nisso. Fiquei com medo, muito medo.
Eu não viveria sem o meu pai.
Quem nos conhece sabe que fomos feitos um para o outro e que esse amor bonito reluz nos olhos.
Sabem que quando a gente se abraça não existe sentimento mais puro no mundo todo e que é com esse amor que nós dois passamos a enxergar relação de pai e filho como a mais bonita que existe, quando existe de fato.
Ele é a minha família, para quem eu ligo quando quero contar da viagem, do sabor da sopa que estou comendo, da música que estou ouvindo, das notas da Anna Júlia, dos projetos que estou bolando, quando quero contar segredo, fazer charme, desabafar...
Hoje eu sou dona do meu nariz, enfim. Mas, se bobear ele me pega no colo mesmo assim e me ensina da forma mais honesta do mundo.
Mesmo quando não houver mais, vai haver sempre. Porque lembrança não morre, orgulho não morre e o amor muito menos.
E enquanto o tenho comigo eu vou grudar, amar, beijar, abraçar e fazer todos os carinhos possíveis porque em nenhum outro lugar do mundo existe um pai tão pai quanto o meu paizinho.
E chega de falar do medo de perder, porque senão vai haver dilúvio aqui no escritório.
Além de ser um funcionário exemplar, ele também observa com meus olhos, o que para mim é garantia de serviço mais bem feito do que o normal.
Aqui a ralação é pesada! Todo mundo chega às sete da manhã e vai até anoitecer. Inclusive eu e meu pai.
No último domingo ele passou mal.
Ele ficou sentando quietinho, às três da tarde. Com a mão apoiada na cabeça, o prato do almoço em frente e uma com uma cara péssima. Tonto, suando frio.
Passou rápido. O mal-estar era fome e com tanta correria, quem é que lembra que precisa se alimentar?
Mas deu um medo, sabe.
Apesar de sua aparência de garotão, meu pai já está com os seus cinqüenta e poucos anos... Contando piada, trabalhando pesado e caminhando muito quilômetros a pé, igual a um menino de vinte. Mas, não vai ser assim para sempre. Ele está envelhecendo e com isso vai vir um monte de dores, cansaço, tonteira, mal-estar.
E eu nunca tinha parado para pensar nisso. Fiquei com medo, muito medo.
Eu não viveria sem o meu pai.
Quem nos conhece sabe que fomos feitos um para o outro e que esse amor bonito reluz nos olhos.
Sabem que quando a gente se abraça não existe sentimento mais puro no mundo todo e que é com esse amor que nós dois passamos a enxergar relação de pai e filho como a mais bonita que existe, quando existe de fato.
Ele é a minha família, para quem eu ligo quando quero contar da viagem, do sabor da sopa que estou comendo, da música que estou ouvindo, das notas da Anna Júlia, dos projetos que estou bolando, quando quero contar segredo, fazer charme, desabafar...
Hoje eu sou dona do meu nariz, enfim. Mas, se bobear ele me pega no colo mesmo assim e me ensina da forma mais honesta do mundo.
Mesmo quando não houver mais, vai haver sempre. Porque lembrança não morre, orgulho não morre e o amor muito menos.
E enquanto o tenho comigo eu vou grudar, amar, beijar, abraçar e fazer todos os carinhos possíveis porque em nenhum outro lugar do mundo existe um pai tão pai quanto o meu paizinho.
E chega de falar do medo de perder, porque senão vai haver dilúvio aqui no escritório.